terça-feira, 12 de novembro de 2013

RS divulga lista de espécies invasoras

A Sema divulga lista de 116 espécies exóticas invasoras presentes no Rio Grande do Sul.
Fruto de pesquisas e observações de campo iniciadas em 2005, a lista tem como objetivo orientar os gaúchos e adverti-los sobre os danos ambientais que o cultivo delas pode acarretar à Biodiversidade. “É importante que compreendam que causam danos e que não fazer nada não é uma opção neutra. É uma opção de deixar a invasão continuar e se estender”, explicou a engenheira florestal Silvia Ziller. Toda espécie não nativa é invasora na medida que expulsa as nativas, substituindo-as.
 
 Alguns intrusos no Estado
 
Flora:
*Acácia-negra;
*Nêspera;
*Uva-do-japão;
*Maria-sem-vergonha;
*Ligustro;
*Pinus;
*Tojo;
*Capim annoni;         
 
Fauna:
*Cervo axis;
*Lebe-europeia;
*Tigre-d'água;                                                     
*Tilápia-do-nilo;
*Carpo;
*Bagre-africano;
*Rã-touro;
*Javali;
*Mexilhão dourado.
 
Nome: Thais Zilio
7ª série
 
                                                                                               

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Foco de escorpiões raros na Ceasa

A descoberta de um foco de escorpião amarelo na Ceasa/RS após um atacadista ter sido picado ao descarregar caixas com hortigranjeiros provocou apreensão entre funcionários da estatal. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria Estadual de Saúde esteve no local nesta semana e coletou 15 exemplares que serão enviados ao Instituto Butantan (SP) para pesquisa e produção de soro. Endêmico no Sudeste e Centro-Oeste do país, o animal peçonhento pega carona em carregamentos que circulam por essas regiões, que enviam ao RS cargas de cebola e batata.
A espécie é considerada caso de saúde pública porque se adapta facilmente ao novo ambiente, se prolifera com rapidez e se reproduz sozinha. De acordo com a bióloga Cynthia Silveira, da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde do CEVS, a coleta é parte da política de vigilância do Ministério da Saúde e inexistem parâmetros para avaliar se o caso é de infestação. Ela recomenda como única forma de controle a captura. ‘Diferente dos insetos como o Aedes aegypti, aracnídeos não podem ser controlados quimicamente. O inseticida funciona como desalojante. O animal se irrita e sai de onde estiver, e, aí sim, o problema é maior.’
Apesar de registrado um caso com o mesmo tipo de escorpião em 2007, a Ceasa não tem um plano de manejo, o que deve acontecer agora, após o novo episódio. Segundo a bióloga, a intenção é desenvolver uma capacitação na Ceasa com esta finalidade. As centrais acabam sendo um prato cheio para escorpiões pela concentração de resíduos orgânicos, lixo e entulhos, como madeira e palha.
Os animais coletados estavam em caixa subterrânea por onde passam tubulações. O presidente da Ceasa/RS, Paulino Donatti, está tranquilo. ‘Houve essa incidência, mas não é nada alarmante.’
O escorpião mais comum no Estado é o preto, cuja picada causa os mesmos efeitos que de uma abelha, dor e edema. Segundo o Centro de Informações Toxicológicas, o primeiro registro do escorpião amarelo no Estado foi em 2001. De lá para cá, ele apareceu em Estância Velha, Uruguaiana, São Gabriel, Rosário do Sul e Porto Alegre. Neste ano, dos 126 acidentes com escorpiões no RS, nove referem-se à espécie. Em casos graves, ele pode causar edema pulmonar, taquicardia e, inclusive, morte. O tratamento tem de ser feito com soro. Crianças e idosos são os mais vulneráveis.
Diferenças entre espécies
*Amarelo (Tityus serralatus)
- A reprodução é por partenogênese, ou seja, a fêmea não precisa do macho para procriar;
- Cada fêmea origina até 40 novos indivíduos por ano em condições de laboratório;
- Gosta de ambientes úmidos e escuros e se alimenta de insetos, como a barata.

*Preto (Bothriurus banariensis)
- É a espécie comum no Estado;
- Tem coloração escura e patas castanhas;
Cuidados:
- Tape bueiros
- Use telas de proteção em ralos e janelas
- Evite o acumulo de lixo.

Thais Zilio
7ª série